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Retirada de lucros: Guia completo para empresários

Você sabia que muitos empresários confundem a retirada de lucros com o pró-labore? Isso pode colocar em risco a saúde financeira da empresa. Neste guia, vamos explicar o que é retirada de lucros e suas regras. Também vamos mostrar as diferenças entre retirar lucros e estabelecer um pró-labore justo.

Queremos dar informações para que você possa tomar decisões melhores sobre os lucros da sua empresa. Com a ajuda da Expansion Contabilidade, vamos abordar todos os pontos importantes. Isso é vital para o sucesso dos seus negócios.

Principais pontos a serem considerados

O que é Retirada de lucros?

A retirada de lucros é quando os sócios ganham parte dos lucros da empresa. Isso acontece por meio da distribuição de resultados. Uma parte dos lucros líquidos é dividida entre os acionistas, de acordo com o que cada um investiu na empresa1.

Essa prática não é o mesmo que a retirada pró-labore. A retirada pró-labore é uma remuneração fixa, dada aos sócios que gerenciam a empresa1.

A retirada de lucros varia conforme o desempenho da empresa. Já o pró-labore é sempre o mesmo. A distribuição de resultados só acontece se a empresa ganhar dinheiro. É importante seguir as leis trabalhistas e fiscais1.

Essa prática não paga impostos sobre a folha de pagamento. Isso faz dela uma boa opção para empreendedores1 e2.

Com a retirada de lucros, os sócios ganham um retorno sobre o que investiram. Isso motiva e engaja os sócios na empresa. Além disso, pode trazer economia fiscal, pois não incide em impostos como INSS e FGTS2.

Diferença entre Retirada de lucros e pró-labore

Entender a diferença entre retirada de lucros e pró-labore é essencial para gerenciar bem a remuneração dos sócios. O pró-labore é um pagamento obrigatório para sócios que fazem administração na empresa. Ele deve ser pelo menos um salário mínimo, que agora é R$ 1.320,00 em 202334. Esse valor tem impostos, como contribuição previdenciária e Imposto de Renda34.

A retirada de lucros é baseada no lucro da empresa e é variável. Ela não é obrigatória e não tem impostos, diferente do pró-labore4. Os sócios podem ajustar a retirada de lucros para aumentar sua renda. Muitos, como a contabilista Fernanda, recomendam manter o pró-labore baixo para pagar menos impostos e tirar mais lucros3.

Veja as diferenças entre pró-labore e retirada de lucros:

CriterioPró-laboreRetirada de Lucros
ObrigatoriedadeObrigatório para sócios que prestam serviçoOpcional, definida pela empresa
Valor Mínimo1 salário mínimo (R$ 1.320,00)Não possui um valor mínimo
TributaçãoIncide Imposto de Renda e contribuiçõesSem incidência de impostos
Frequência de PagamentoMensalAnual ou em períodos deferidos
DuraçãoFixado em contrato socialDependente da saúde financeira da empresa

Quando é feita a distribuição de lucros?

A distribuição de lucros divide os ganhos líquidos da empresa entre os sócios anualmente5. As regras sobre quando e quanto são distribuídos são definidas no Contrato Social6. Isso pode ser feito mensal, trimestral, semestral ou anualmente, dependendo do que os sócios preferem6.

É importante lembrar que não se pode distribuir lucros se houver impostos a pagar ou prejuízos acumulados5.

Para calcular os lucros líquidos, você subtrai todos os custos dos lucros do período5. Depois, divide essa quantia entre os sócios, de acordo com suas participações5. Se a empresa tiver uma escrituração contábil completa, ela pode isentar impostos sobre as retiradas de lucros6. Isso pode influenciar a frequência e a estratégia de distribuição de lucros6.

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Frequência de Retirada de lucros

A frequência de retirada de lucros é muito importante e deve ser decidida no contrato social. Pode ser mensal, trimestral, semestral ou anual, dependendo do que os sócios decidirem78. Essa prática é uma forma de pagar os sócios pelo capital e pelos riscos que eles tomam. Ela é isenta de impostos como IRPF e INSS, diferente do pró-labore7.

É importante que a divisão de lucros siga o que está no contrato social, mostrando a participação de cada sócio. Se não houver um plano específico, a distribuição geralmente acontece uma vez por ano8. É crucial que os sócios estejam de acordo sobre o fluxo de caixa. Isso ajuda a manter a saúde financeira da empresa7.

É obrigatório fazer a divisão de lucros?

A divisão de lucros não é obrigatória para as empresas. Isso significa que muitas optam por reinvestir os lucros ou usá-los em outras necessidades financeiras. É recomendado estipular a distribuição de lucros no Contrato Social. Isso traz clareza e transparência para sócios e investidores.

Segundo a Lei das Sociedades Anônimas, é necessário destinar pelo menos 25% do lucro líquido para distribuição entre sócios e investidores9. Para empresas limitadas, o lucro é dividido de acordo com as cotas de participação de cada sócio9. Os MEIs podem distribuir lucros sem impostos, desde que atendam a critérios específicos. Os limites variam de 1,6% a 32%, dependendo da atividade10.

Antes de dividir os lucros, é importante analisar a situação financeira da empresa. Isso inclui a caixa e investimentos, para garantir a estabilidade do negócio. A obrigatoriedade de dividir lucros pode não ser total. Mas, uma prática consistente motiva e engaja colaboradores, essencial para o sucesso.

As questões tributárias também são importantes. Os lucros não são tributados, a não ser que ultrapassem certos limites. Assim, a divisão de lucros é estratégica e financeira, a ser considerada cuidadosamente11.

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Como calcular a Retirada de lucros?

O cálculo da retirada de lucros é muito importante para gerenciar o dinheiro da empresa. Primeiro, precisamos calcular o lucro líquido. Isso é feito subtraindo despesas e impostos da receita total. Esse valor é o que decidiremos dividir entre os sócios, seguindo o que está no Contrato Social.

É crucial lembrar que a contribuição para o INSS dos sócios é baseada no pró-labore. Eles devem contribuir 11% do pró-labore para o INSS12. Se a empresa não for do Simples Nacional, o total de contribuição pode chegar a 31%12. Para os microempreendedores, a contribuição mínima é de 5% do pró-labore12.

Para calcular a retirada de lucros, é essencial classificar as rubricas corretamente. A rubrica padrão para distribuir lucros é ‘8908 – Distribuição de Lucros’. Há várias opções para empresas com regimes tributários diferentes, como Lucro Real e Simples Nacional13. Para evitar problemas com a Receita Federal, é bom consultar a Consultoria Jurídica sobre as rubricas do eSocial13.

Manter registros claros e atualizados sobre a retirada de lucros é importante. Isso garante transparência e conformidade tributária para a empresa.

Regras de distribuição de lucros nas empresas Simples

As empresas Simples que escolhem o Simples Nacional precisam seguir regras de distribuição específicas. Isso ajuda a manter a conformidade com o regime tributário. A distribuição de lucros deve atender ao limite do contrato social, que define as porcentagens para os sócios e a frequência da distribuição14.

Essas empresas podem distribuir até 25% dos lucros, seguindo as regras gerais. Mas podem definir um percentual diferente no contrato social14. A isenção fiscal na distribuição vale desde que os valores sejam iguais aos lucros apurados e registrados na contabilidade15.

As Microempresas (ME) têm limite de faturamento de até R$ 360 mil por ano. Já as Empresas de Pequeno Porte (EPP) podem atingir até R$ 4,8 milhões anualmente14. Os Microempreendedores Individuais (MEI) têm um limite de R$ 81 mil por ano14.

Para isentar a tributação sobre os lucros distribuídos, é crucial manter registros contábeis corretos. A falta de contabilidade pode causar problemas futuros com as regras de distribuição15.

Taxação sobre a distribuição de lucros

A taxação sobre lucros é um tema importante para empresários. Desde 1996, o Brasil oferece isenção de impostos sobre lucros e dividendos para sócios e acionistas. Isso atrai investidores. Mas, uma reforma tributária pode mudar isso, introduzindo um imposto de 15% sobre dividendos em 202416.

As empresas estão se preparando para essa mudança, pagando dividendos antes das novas regras16. A reforma também pode reduzir a tributação de 15% para 8% para empresas, equilibrando a taxação16. Mas, a distribuição de lucros pode mudar, especialmente se lucros anteriores forem tributados16 e17.

Além disso, a eliminação do Juros sobre Capital Próprio (JCP) é uma preocupação. Com taxas mais altas, as empresas podem pagar menos dividendos ou usar os recursos internamente16. Uma alternativa pode ser a recompra de ações, ajudando a mitigar o impacto da nova tributação18.

As mudanças na legislação afetam a receita das empresas e suas estratégias futuras. Elas impactam os acionistas e as práticas financeiras17.

Benefícios da distribuição de lucros

A distribuição de lucros traz muitos benefícios para empresas e sócios. Ela não só oferece um retorno financeiro, mas também é crucial para a motivação dos colaboradores. Isso ajuda a criar um ambiente de trabalho equilibrado e produtivo.

Por exemplo, em empresas com R$250.000 de lucro líquido e três sócios, reinvestir parte dos lucros pode trazer bons resultados. Isso mantém um bom equilíbrio entre distribuição e investimento19.

Além disso, distribuir lucros corretamente permite que as empresas invistam em áreas importantes. Isso inclui inovação e expansão, garantindo o crescimento a longo prazo. Os colaboradores se sentem mais leais e dedicados quando participam dos lucros20.

A distribuição de lucros é isenta de tributação, desde que a empresa cumpra com as leis fiscais e contabilidade21. Isso ajuda a reter talentos e sustenta as finanças da empresa. Assim, os lucros podem ser usados para melhorias e crescimento.

Os benefícios da distribuição de lucros vão além do retorno financeiro. Ela mostra o sucesso da empresa e motiva os colaboradores. Isso os incentiva a buscar um desempenho melhor e a contribuir para os resultados da empresa.

Retirada de lucros e a política de dividendos

A política de dividendos é essencial para a gestão financeira de uma empresa. Ela deve ser bem pensada, considerando o desempenho e as necessidades de capital. Uma política clara ajuda a estabelecer expectativas realistas entre os sócios, mostrando a seriedade da empresa.

As empresas de S.A devem distribuir pelo menos 25% dos lucros como dividendos22. Antes de 1995, a tributação era sobre empresas e acionistas, com 15% sobre o imposto de renda para pessoas físicas22. Agora, a proposta de tributação para lucros e dividendos é de 15% para acionistas de empresas isentas23.

Na hora de retirar lucros, é importante seguir as regras. A contribuição previdenciária para o pró-labore é obrigatória, de acordo com a Lei 8.21223. Isso mostra a força da nossa gestão financeira e cumprimento às leis. Além disso, o valor do pró-labore deve ser justo e igual ao de um profissional similar23.

Ter uma política de dividendos clara traz satisfação para os sócios. Ela também aumenta a credibilidade e a força da empresa no mercado.

AspectoDescrição
Política de DividendosDeve considerar o desempenho financeiro e as necessidades de capital.
Distribuição MínimaPelo menos 25% dos lucros devem ser distribuídos como dividendos22.
Imposto sobre DividendosTributação de 15% sobre valores distribuídos para acionistas23.
Contribuição PrevidenciáriaIncidência obrigatória sobre pró-labore, com alíquotas específicas24.

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Conclusão

A retirada de lucros é essencial para a saúde financeira de empresas. É importante entender quando e como fazer isso. Isso não só melhora a gestão financeira, mas também aumenta o engajamento dos sócios e colaboradores.

A distribuição de lucros pode ser feita sempre que houver lucro, desde que não haja dívidas fiscais. É importante registrar isso corretamente para fins contábeis25.

A porcentagem de lucro que cada sócio recebe depende do contrato social. É crucial ter um plano que reduza a carga tributária de forma legal e eficaz26. A Expertise da Expansion Contabilidade nos ajuda a otimizar esse processo, mantendo nossas decisões financeiras alinhadas aos objetivos da empresa.

Em resumo, a aplicação eficaz das diretrizes sobre retirada de lucros é chave para o sucesso a longo prazo. É importante que empresários sigam as regras de distribuição e procurem o apoio de profissionais qualificados. Assim, garantimos uma gestão financeira saudável e sustentável.

FAQ

O que é retirada de lucros?

A retirada de lucros é quando os sócios ganham parte dos lucros da empresa. Isso acontece dividindo os lucros líquidos entre os acionistas e sócios. Cada um recebe uma porcentagem baseada no capital que tem.

Qual a diferença entre retirada de lucros e pró-labore?

O pró-labore é um pagamento fixo para sócios que trabalham na empresa. Já a retirada de lucros varia com os lucros da empresa. Não é um pagamento fixo.

Quando a distribuição de lucros é feita?

A distribuição de lucros acontece geralmente no fim do ano. Isso depende do que está no Contrato Social da empresa.

Qual é a frequência recomendada para a retirada de lucros?

A frequência pode ser mensal, trimestral ou anual. Isso depende do que os sócios decidirem. Mas sempre deve ser bom para a saúde financeira da empresa.

É obrigatório realizar a divisão de lucros?

Não é obrigatório dividir os lucros. As empresas podem reinvestir ou usar para necessidades financeiras. Isso deve estar no Contrato Social.

Como calcular a retirada de lucros?

Para calcular, use o lucro líquido. Isso é o lucro total menos despesas e impostos. Os sócios recebem o que é deles, baseado no capital.

Quais as regras para distribuição de lucros nas empresas Simples?

As empresas Simples têm regras para dividir lucros. Eles não podem ultrapassar certos limites. Isso ajuda a manter a isenção fiscal.

A distribuição de lucros sofre taxação?

A maioria dos lucros é isenta de impostos. Mas, se ultrapassar limites ou houver irregularidades, pode ser taxado.

Quais os benefícios da distribuição de lucros?

Dividir lucros motiva os colaboradores. Também ajuda a empresa a crescer e a ser sustentável. Isso reforça o senso de pertencimento.

Como a retirada de lucros se relaciona com a política de dividendos?

A política de dividendos deve alinhar com os objetivos da empresa. Isso garante uma retirada de lucros justa e clara, criando expectativas entre os sócios.

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